Noite fria, silêncio no ar
Estou só
Em nada penso neste momento
Estou inerte
O corpo não responde
O vento bate a janela
Lá fora o piar das corujas
Sinto-a se aproximando
Não tenho forças para reagir
Em seus olhos nada vejo
Só a frieza de sentimentos
Ela me toca
Estende-me a mão
Fria, sombria
Conduz-me as trevas
Não quero ir
Impossível relutar
Agora me entrego
Sinto rasgar meu corpo
Como navalha na carne
Cortante, cruel
Ela me conduz
Não há volta
É tarde demais
Tudo ficou para trás
A morte venceu
E meu corpo morto
Aqui jaz!
Josiane Szargiki 23/05/06 21:20h
5 comentários:
Amiga
Não é fácil escrever sobre a morte, nem prosa nem em verso.
Não é mórbido, conseguiu dar-lhe beleza.
Parabéns
Emilia
Saudações!
AMIGA JOSIANE,
Um outro poema que faz a passagem rumo a transição, Sai da materia e alcança a não materia...Senhora morte eterna companheira diária, sombra da vida a inspirar, poetas, escritores, pensadores e tantos outros!
Parabéns pelo extraordinário Poema!
ABRAÇOS!LISON.
realmente, não é facil falar de morte em poesia e você o fez com muita leveza.
adorei!
abração
Que maravilha, soube colocar a morte com beleza e aceitação, parabéns.
A paz
Eu não conseguiria falar sobre a morte. Para voce pareceu natural. Curioso que o tema ficou leve. Provavelmente espíritas conseguiriam tal feito.
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