Noite fria, silêncio no ar

Estou só

Em nada penso neste momento

Estou inerte

O corpo não responde

O vento bate a janela

Lá fora o piar das corujas

Sinto-a se aproximando

Não tenho forças para reagir

Em seus olhos nada vejo

Só a frieza de sentimentos

Ela me toca

Estende-me a mão

Fria, sombria

Conduz-me as trevas

Não quero ir

Impossível relutar

Agora me entrego

Sinto rasgar meu corpo

Como navalha na carne

Cortante, cruel

Ela me conduz

Não há volta

É tarde demais

Tudo ficou para trás

A morte venceu

E meu corpo morto

Aqui jaz!



Josiane Szargiki 23/05/06 21:20h